sábado, 21 de agosto de 2010

Operação "AÇAI" - Continua

No blog da Policia Civil do Estado do Pará - PA

OPERAÇÃO "AÇAÍ" RESULTA EM MAIS DUAS PRISÕES EM SANTA LUZIA DO PARÁ

A Polícia Civil prossegue as investigações em Santa Luzia do Pará, nordeste paraense, para combate a uma quadrilha acusada de crimes de pistolagem e roubos na região. Ao todo, 11 pessoas já estão presas. Denominada de “Operação Açaí”, a ação policial foi iniciada na manhã do dia 07 deste mês, com as prisões de oito pessoas investigadas. As prisões atendem às decretações de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão nas residências dos acusados. As ordens foram expedidas pelo juiz de Direito, da Comarca de Santa Luzia do Pará, André Luiz Filocreão da Fonseca. A investigação é coordenada pelo delegado Rilmar Firmino, titular da Superintendência Regional da Polícia Civil na Zona Bragantina. Participam da operação equipes do GPE (Grupo de Pronto-Emprego da Polícia Civil); da Superintendência da Zona do Salgado, da Delegacia de Salinópolis e da Delegacia de Bragança.

ANTÔNIO CARLOS COSTA EUSÉBIO

A equipe da Superintendência da Zona Bragantina divulgou nesta quinta-feira, 19, as prisões de mais dois acusados de integrar a quadrilha. Geovane Juscelino Lopes, de apelido “Bola”, e Antônio Carlos Costa Eusébio, apontado como mandante de um dos homicídios investigados na operação. A vítima do crime foi Andreis Carneiro da Silva, de 18 anos. O crime foi motivado por questões passionais. Padrinho do irmão da vítima, Antônio Carlos teria um relacionamento amoroso com Andreis. Segundo as investigações, Antônio Carlos teria contratado Geovane e Marcos Rogério Barbosa de Abreu, de apelido “Nenca” (preso na operação), para matar Andreis. Conforme depoimentos coletados durante o inquérito, Antônio Carlos bebia juntamente com “Bola” e “Nenca”. Na ocasião, ele perguntou aos dois se teriam coragem para matar alguém.

GEOVANE JUSCELINO LOPES
“Bola”, por sua vez, teria respondido que não teria coragem, mas sabia de alguém que tinha, referindo-se a Misterlani da Silva Machado, de apelido “Ernande”, também preso na operação. Assim, “Nenca” teria ligado para Misterlane e perguntado a ele se faria o serviço. “Ernande” respondeu que faria. As investigações mostraram que, poucos dias antes do crime, Antônio Carlos voltou a conversar com “Bola” e “Nenca” sobre a morte de Andreis. Desta vez, ele levou uma fotografia da vítima aos criminosos para que soubessem de quem se tratava. Ao verem a fotografia, os dois perguntaram a Antônio Carlos o que ele tinha contra Andreis, pois, segundo as investigações, “ele era um cara legal, não mexia com ninguém”.

Então, Antônio Carlos lhes respondeu que tinha “um caso amoroso com ele”. Andreis o tinha abandonado por uma mulher. Por isso, Antônio Carlos alegou aos acusados que teria sofrido muito com isso. Com o tempo, Andreis retomou o relacionamento com Antônio Carlos. Contudo, mesmo assim, ainda continuava a trair o namorado. Segundo o depoimento, “ele (Antônio Carlos) não estava mais aguentando essa situação”. Assim, por R$ 3 mil, os dois teriam contratado os pistoleiros Misterlane e Ivanildo Soares Santos, de apelido “Negão da Rosa” (ainda foragido), para eliminar a vítima dias depois. O autor dos disparos teria sido “Negão da Rosa”. “Bola” foi preso em Nova Esperança do Pirá, nordeste paraense, onde escondia na residência de seus pais moradores naquela cidade. Já Antônio Carlos foi preso em uma fazenda da região, situada à altura do quilômetro 178, da rodovia BR-316. Ouvido em depoimento, Antônio Carlos negou as acusações.